sábado, 19 de setembro de 2009

Não fique sem saber disso!!!!

A briga entre a Rede Globo e a Record já está rendendo além das fronteiras de seus programas abusivos. Para espetar a Record a Globo vai aproveitar para alfinetar todos os cristãos (evangélicos). Segundo a Folha (Em série, Globo “brinca” com desvio de dízimo, 19/8/2009, Matheus Magente, da Agência Folha, em Salvador), a tevê vai lançar em novembro, um seriado em que um marginal torna-se pastor e desvia dízimos de (sua) igreja. Ao serem indagados sobre o momento tão oportuno, os envolvidos dizem ser mera coincidência. Aí é achar que todo mundo é ignorante.

Trailer

“A Globo deu início, em Salvador, às filmagens do seriado Ó Paí, Ó, que traz, entre os personagens da temporada, um pastor que desvia dízimos de evangélicos em seu benefício. As gravações, iniciadas na semana passada, acontecem em meio a uma guerra com a Record, após extensas reportagens sobre denúncia acatada pela Justiça envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus.

Depois de ter virado evangélico na última temporada, o personagem Queixão, interpretado por Matheus Nachtergaele, decide fundar a Igreja Evangélica do Tremor Divino. O nome faz referência à ameaça de desabamento do cortiço onde os personagens vivem, tema desta segunda temporada.

De acordo com o roteiro assinado por Guel Arraes, João Falcão e Adriana Falcão, o malandro Queixão, que se tornou o pastor Moisés, passa a desviar parte dos dízimos pagos pelos fiéis em benefício próprio”’.

Objetivos claros

Ora, pelo calor das acusações entre as duas emissoras, ficam claros os motivos e os objetivos. Com medo da campanha de evangélicos solidários à Igreja Universal, que já iniciaram boicote à programação global, a declaração da tevê é explicitamente esfarrapada.

Por outro lado, uma terceira via seria a maquiavélica tentativa de desviar a atenção do “Caso Sarney”, que desgasta exaustivamente o governo petista, tirando-o do foco da mídia. O caso Iurd/Record já estava vencido e veio à tona novamente, anos depois… Estranho não?!

Existem outros leques que se ajeitam sob o mesmo teto e, portanto, premiados, como a incômoda questão do crescimento dos evangélicos e a perda de espaço pela religião majoritária. Desacreditada, desgastada e acomodada, a denominação tida como cristã ganha pelo alinhamento, contemplado pela intercessão religiosa de elevá-la de volta à igreja oficial no Brasil. Sob as trevas da obscuridade, que remonta da Idade Média, Lula esteve com o papa para arquitetar o resgate desse retrocesso anti-democrático. Ganha por meio das bases eclesiais, que se confunde aos ideários petistas e que juntos emolduram o apelo pós-moderno. Não é só a Globo que não gosta de perder.

É oportuno lembrar a Globo e a sociedade em geral que a Igreja Universal do Reino de Deus, a Record e o bispo Edir Macedo, não representam o povo cristão e que os cristãos evangélicos não lêem a mesma cartilha. Há um respeito pelos fiéis da Iurd, fiéis ao Senhor, que se traduz em comunhão, mas isso não atinge a organização e restringe-se em termos de organismo vivo – a comunhão do Corpo de Cristo, pois Igreja não é templo, prédios suntuosos, ideia clássica implícita no judaísmo, mas corpo. O historiador hebreu Josefo afirmara que o brilho do ouro empregado no teto do Templo, atraia os peregrinos à distância.

Novamente o ter e o ser em teatro

Vem por aí uma grande perseguição. Temos o prelúdio no atual Governo, que reproduz o que a mente milenar já implantou mundo afora. A situação engrossa quando nas nossas atitudes e ações que não condizem com aquilo que pregamos ou que deveríamos pregar, por assimilarmos tão bem o ter, a moeda de troca lançada a partir do período industrial, da moda, do capitalismo selvagem, da necessidade de consumo, tudo em detrimento ao ser.

Hoje, mais do que nunca, temos de pregar com a nossa vida, mostrar as sementes de virtudes, os prodígios e maravilhas e abandonar a filosofia do Mancebo Rico, que nos domina tanto, e assumir a de Jeremias ou a de João Batista.

Podemos até ter, mas sem deixar que a supremacia do ser dê lugar além do merecido (ou necessário) ao ter. E se algum dia, pudermos ouvir a voz de Deus, e não somente um eco meio diante, convocando-nos a abandonar tudo (vender tudo e distribuir aos pobres) e segui-lo, aí sim estaremos salvos. Caso contrário, vamos continuar apanhando das Globos da vida, dando-lhe ainda Ibope, e depois dizer como o profeta: “Ainda não estamos salvos!”

Se você não é Universal, não seja também Global! Se boicotar a Globo – o que já deveríamos ter feito há muito tempo –, boicote também a Record, por motivos semelhantes: apoio a todos os tipos que evocam a degradação moral.

Enquanto o homem natural (secular em oposição ao sagrado) diz que para ter conhecimento das coisas escondidas precisa de bola de cristal, daqui pra frente os cristãos terão de contar com uma bola de fogo, conforme foi com Moisés no deserto (e não à moda neo), pois as coisas se estreitam em volume, espaço e velocidade cada vez maiores: só nos resta o estouro!
− A Volta de Cristo!
“Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que neles há, se queimarão”, 2Pd 3.10.



Por Antonio Mesquita

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